mensagem de paz e esperança até às áreas mais remotas. Sacerdotes e religiosas também aderiram às iniciativas eclesiais, denunciando a banalização da violência e o sofrimento psicológico de muitos jovens de Ituri, e enfatizando a importância do apoio pastoral e psicossocial em zonas de conflito.
Vatican News com Agência Fides
“Não se constrói uma nação com kalashnikov”: foi o que afirmou Dom Sosthène Ayikuli Udjuwa, bispo de Mahagi-Nioka, em Ituri, ao exortar os jovens a não se alistar em nenhum dos muitos grupos armados, que se impregnam naquela província, no leste da República Democrática do Congo.
O Bispo dirigiu-se aos jovens que se reuniram, em Mahagi, de 31 de julho a 3 de agosto, para o encontro de jovens católicos das dioceses de Mahagi-Nioka e Bunia. No entanto, a marcha se limitou à participação de jovens de Mahagi-Nioka, devido à persistente insegurança, sobretudo, na estrada entre Bunia e Mahagi, ao longo da qual se situa a aldeia de Komanda. Ali, ocorreu o massacre, na igreja paroquial da Beata Anuarite, na noite entre sábado, 26, e domingo, 27 de julho.
Apesar da situação tensa, não diminuiu o entusiasmo dos jovens da diocese, que se reuniram para participar da edição das Jornadas Diocesanas da Juventude (JDJ). Na sexta-feira, 1º de agosto, a esplanada da Catedral de Mahagi transformou-se em lugar de colóquio espiritual e social, onde a mensagem de paz esteve no centro das orações.
Dom Sosthène Ayikuli Udjuwa exortou os jovens a não darem ouvidos às sirenes dos grupos armados, que, frequentemente, aproveitam dos jovens abandonados e acrescentou: ” Não se constrói uma nação com kalashnikov”.
Ao se dirigir às autoridades políticas e administrativas, o Bispo de Mahagi-Nioka afirmou: “O porvir de Ituri não pode ser construído com palavras vãs. Para os jovens são necessárias ações concretas: educação, emprego, segurança”.
As Jornadas Diocesanas da Juventude não se realizam apenas como momentos de oração, mas também como espaço de reflexão sobre a situação sociopolítica de Ituri. Nos diversos grupos de trabalho, partilha de experiências, ensinamentos e testemunhos, os participantes foram convidados a tomar consciência de seu papel na sociedade.
A Igreja Católica busca oferecer alternativas válidas ao recrutamento de jovens em grupos armados, através da sua rede de paróquias rurais e urbanas, levando sua mensagem de paz e esperança até às áreas mais remotas. Sacerdotes e religiosas também aderiram às iniciativas eclesiais, denunciando a banalização da violência e o sofrimento psicológico de muitos jovens de Ituri, e enfatizando a importância do apoio pastoral e psicossocial em zonas de conflito.
Por fim, Dom Sosthène Ayikuli Udjuwa, recorda: “A mensagem dessas Jornadas vai além da esfera religiosa. Trata-se de despertar uma consciência coletiva, tanto entre os jovens quanto entre os que tomam decisões.