Reflexão para o III Domingo do Advento

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No Evangelho, vemos a pregação de João Batista e o anúncio, feito por ele, de que o Messias, aquele que iria fundar a nova sociedade estava para chegar.

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

A primeira leitura, tirada de Sofonias é marcada pelo otimismo, pela felicidade e pela esperança. O motivo está no centro do texto onde se lê que o Senhor é rei de Israel. Após os desmandos de um governo tirano, que levara o povo ao exílio e à ruína, Deus lidera e reorganiza com o pequeno resto, uma nova sociedade.

O Senhor iniciou revogando a sentença de morte que havia sobre o povo, permitiu a volta dos exilados, e o mais relevante, Ele é o companheiro que está junto ao povo, em seu meio, amando-o.

O Senhor é o verdadeiro líder, defendendo o povo das ameaças externas e exercendo a justiça dentro do próprio país.

No Evangelho, vemos a pregação de João Batista e o anúncio, feito por ele, de que o Messias, aquele que iria fundar a nova sociedade estava para chegar. João prepara essa nova sociedade. fazendo com que as pessoas se abram umas às outras, e à novidade que está para chegar.

Essa abertura ao outro se inicia com a partilha de bens. Não se trata de esmolas, mas de dar metade do que possui, de autêntica partilha. Também é dito não cobiçar os pertences alheios, contentar-se com seus próprios bens e respeitar os direitos humanos. O poder se chama serviço!

 “A pá está em sua mão: limpará a sua eira e recolherá o trigo em seu celeiro;” Isso significa que Jesus irá desmascarar a sociedade cujo projeto é de morte. Ele traz a nova sociedade, baseada na justiça, na vida. Exatamente porque é baseada na vida, a nova sociedade não caducará e será eterna. Nós a vivemos já aqui, à medida em que nossas opções são de partilha, de praticar a justiça, mesmo desagradando as estruturas deste mundo, com sua sociedade baseada em estruturas mortais, injustas, anti-evangélicas.

Na segunda leitura, São Paulo nos diz que o projeto de Deus, essa nova sociedade,  deverá ser o objetivo ao redor do qual a comunidade  deverá sempre se reunir. Para isso ele apela à felicidade, ao equilíbrio, ao colóquio com Deus (oração) e com os irmãos. Com esses elementos não só preservaremos essa nova sociedade, mas faremos sua propaganda, a tornaremos agradável aos olhos daqueles que nos observam.

Como está nossa vida pessoal, comunitária e de responsabilidade pastoral? Transparecemos felicidade, equilíbrio, discernimento? Dialogamos com Deus e com os demais? 

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