Religiões pela Paz: “por uma paz duradoura entre Tailândia e Camboja”

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Fundada em 1970, “Religiões pela Paz” atua, em âmbito global, através de uma rede, composta de mais de 90 conselhos inter-religiosos, nacionais e regionais.

Vatican News

“A dor dos nossos irmãos e irmãs desta região pesa profundamente em nossos corações. Nós, de ‘Religions for Peace’ (RfP) – ‘Religiões pela Paz’, oferecemos as nossas sinceras orações a todas as vítimas de violência, deslocados de suas casas e todas as almas, que almejam por segurança, dignidade e paz”: é o que afirma um comunicado, enviado à Agência Fides, de “Religiões pela Paz” (RfP), a maior e mais representativa coalizão multirreligiosa do mundo, comprometida em promover a ação conjunta entre as comunidades religiosas pela paz. Fundada em 1970, “Religiões pela Paz” atua, em âmbito global, através de uma rede, composta de mais de 90 conselhos inter-religiosos, nacionais e regionais, bem como redes de mulheres, jovens e líderes religiosos, que, historicamente, sempre estão muito presentes e ativos no Sudeste Asiático, em países como a Tailândia, Camboja e Mianmar.

A declaração de “Religions for Peace”, assinada pelo Secretário-geral, Francis Kuria, afirma: “Neste momento crítico, enquanto a nossa família global enfrenta revoltas sem precedentes, somos chamados a superar as divisões e caminhar juntos com solidariedade. As feridas históricas, que causam ciclos de sofrimento, complexos e profundamente enraizados, convidam-nos ao encontro, com honestidade, humildade e compaixão”.

“A discórdia entre as duas nações do Sudeste Asiático – lê-se na declaração – afetou até os locais de culto, ao longo da fronteira, que deveriam ser oásis de harmonia e paz. Os lugares sagrados e os espaços compartilhados, que abrangem a Tailândia e o Camboja, são mais do que meros indicadores geográficos; são testemunhos vivos de nossas histórias interligadas e de afinidade espiritual. Tais lugares não devem ser usados ​​para alimentar discórdias, mas sim símbolos duradouros de unidade e respeito”.

“Como pessoas de fé, – segundo RfP – foi-nos confiado o imperativo ética de transcender fronteiras e ideologias divisórias. Ao nos unirmos, entre religiões, culturas e nações, afirmamos nossa humanidade comum e nos comprometemos em construir pontes de entendimento, cooperação e paz duradoura”. RfP recorda o poder transformador da solidariedade inter-religiosa”: “Vimos, frequentemente, que o amor, a compaixão e a ação coletiva podem curar até as feridas mais profundas e abrir caminhos para a prosperidade de todos”.

À luz de tais considerações, a RfP faz um apelo às partes: “Cessem imediatamente todas e quaisquer ações, que possam agravar as tensões ou causar danos a pessoas inocentes, para fortalecer o acordo de cessar-fogo de 28 de julho”. A organização inter-religiosa convida ainda a um compromisso conjunto, “mediante um cessar-fogo permanente, que possa lançar as bases para um acordo de paz justo e duradouro”; espera também que haja “um colóquio significativo, por meio de canais diplomáticos e religiosos, sobre as preocupações subjacentes”; pede ainda para que seja “honrada a herança cultural e espiritual comum, que une as nações vizinhas, e trabalhe em conjunto para achar soluções, em defesa da dignidade e dos direitos de todos”.

A organização “Religiões pela Paz” conclui seu apelo, dizendo: “Que nossos compromissos sagrados sejam um farol de reconciliação. Que nossos esforços coletivos se tornem uma força transformadora para a unidade duradoura, a prosperidade e a paz”.

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