Sacerdote agredido durante assalto na RD do Congo

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Trata-se do terceiro assalto à escola propedêutica, desde o mês de julho. Outras igrejas e conventos também foram atacados, este ano, em Ituri, Lopa, Komanda e Nyakasanza.

Vatican News

Mais uma agressão a um sacerdote em Ituri, no leste da República Democrática do Congo (RDC). Na noite entre 15 e 16 de setembro, bandidos armados com martelos, facas, pés-de-cabra e outras ferramentas invadiram a escola de formação propedêutica, perto da Cúria episcopal, no bairro de Mudzipela da comunidade de Shari, em Bunia, capital da província.

Segundo declarações do padre Jean-Deogratias Budjona, diretor espiritual do centro de formação, os agressores atacaram o segurança, obrigando-o a dizer, sob ameaça de morte, onde se encontrava o dinheiro guardado.

O sacerdote informou que o segurança foi torturado, porque não queria dizer onde estava o dinheiro: “O segurança começou a gritar até que, um de nós, o padre Justin Logo, abriu a porta. Ao perceber a presença de ladrões, tentou fechá-la, mas em vão. Assim, como eram muitos forçando a porta, conseguiram ingressar na sala de visitas. Quando o sacerdote tentou fugir para seu quarto, os bandidos o perseguiram e esfaquearam seu braço”. No entanto, os religiosos acionaram o alarme, o que permitiu a intervenção de uma patrulha militar.

Trata-se do terceiro assalto à escola propedêutica, desde o mês de julho. Outras igrejas e conventos também foram atacados, este ano, em Ituri, Lopa, Komanda e Nyakasanza.

Os episódios mais graves foram o ataque de milicianos da CODECO, em 21 de julho, contra a Paróquia de São João de Capistrano, em Lopa e o ataque sangrento de islâmicos da ADF, na noite entre 26 e 27 de julho, contra a Paróquia da Beata Maria-Clementina Anuarite, em Komanda, onde cerca de 50 pessoas foram assassinadas e pelo menos 40 jovens sequestrados. Digno de nota também a profanação da igreja, que pertence ao centro propedêutico de São Kizito, em Bunia, na noite entre 19 e 20 de agosto.

Em Ituri atuam vários grupos armados, que semeiam morte e destruição entre civis. O banditismo generalizado contribui para o aumento da insegurança na província, apesar de estar em estado de sítio, junto com a de Kivu do Norte, desde maio de 2021. O atual estado de sítio concede amplos poderes aos militares, que, no entanto, não conseguiram restaurar a ordem nos últimos quatro anos.

*Com informações de Agência Fides

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