“Para os esquecidos de Idlib”: esta é a faixa que será exibida no próximo domingo, 8 de março, às 11h15, em frente à Sala de Imprensa da Santa Sé. A mesma será levada por uma série de associações e movimentos, incluindo a Caritas Italiana, Centro Astalli, Comunidade de Sant’Egidio, Focsiv e Ucoii.
Silvonei José – Cidade do Vaticano
A iniciativa à qual muitas siglas do mundo associativo eclesial aderiram, mas não só, quer ser – informa um comunicado – uma forma de “agradecer o Papa Francisco, a única autoridade mundial que recordou a tragédia dos civis de Idlib, no noroeste da Síria”. No domingo, 23 de fevereiro, de fato, no Angelus pronunciado em Bari por ocasião do encontro de reflexão e espiritualidade sobre o tema “Mediterrâneo, fronteira de paz”, o Papa disse: “Enquanto estamos aqui reunidos para rezar e refletir sobre a paz e sobre o destino dos povos que se debruçam sobre o Mediterrâneo, do outro lado deste mar, em particular no noroeste da Síria, está ocorrendo uma imenso tragédia”. “Dos nossos corações de pastores, eleva-se um forte apelo aos atores envolvidos e à comunidade internacional para que seja silenciado o barulho das armas e se ouça o choro das crianças e dos indefesos; para que se coloquem de lado cálculos e interesses a fim de salvaguardar a vida dos civis e das muitas crianças inocentes que estão pagando as consequências”.
Uma situação humanitária inadmissível
“Ficamos chocados – escrevem os signatários da nota -, com as imagens daquelas crianças com frio, às vezes sozinhas, às vezes com seus pais ou parentes. Por um lado, as pessoas são forçadas a fugir da Síria para a Turquia por causa dos bombardeios que violam as regras mais elementares do direito humanitário internacional e, por outro, são impedidas de achar a salvação em consequência de um muro intransponível”. Segundo algumas estimativas, “pelo menos um milhão de seres humanos está fugindo, sres humanos amontoados na fronteira turca”, outros falam de “um milhão e 500 mil, a maioria crianças”, com apenas dois corredores humanitários abertos pela ONU. “É inadmissível”, afirmam os signatários, “estes nossos irmãos e irmãs não podem ser esquecidos”. Daí a urgência de “expressar gratidão ao Papa Francisco e mostrar ao mundo que seu apelo por esta humanidade abandonada e traída não caiu no vazio”.