No 11 de julho de cada ano comemoramos o Dia Mundial da População, que segundo a DSW Fundação Alemã para a População Mundial, atingiu em 26 de janeiro de 2024 a quantia numérica de 8,073 bilhões de pessoas.
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz – Bispo Diocesano de Campos
Nesta data que ocorre a iniciativa da ONU, uma reflexão sobre o planejamento e desenvolvimento necessários para atender as demandas populacionais.
As vezes as perspectivas com que se confrontam as estatísticas demográficas são pessimistas e assustadoras e levam a induzir a redução populacional com métodos coativos e intimidatórios.
No entanto como nos ensina o Papa Francisco na Bula Spes Non Confundit, de promulgação do jubileu de 2025: “Olhar para o futuro com esperança equivale a ter também uma visão carregada de entusiasmo para transmitir. Além disso esquecemos que esse número ao qual nos referimos antes já registra não só diminuição do ritmo de crescimento, mas em várias partes do mundo uma perda do desejo de transmitir a vida.
Assiste-se em vários países a uma preocupante queda da natalidade, marcada por uma preferência de consumo exarcerbada e individualista, que vai substituindo os filhos. Somos chamados a ser colaboradores com o Criador na nobilíssima missão de transmitir e cuidar da vida, porque o desejo dos jovens de gerar novos filhos e filhas, como fruto da fecundidade do seu amor, dá futuro a toda a sociedade e é uma questão de esperança, como afirma o Papa: depende da esperança e gera esperança.
Precisam-se crianças para o amanhecer, o desabrochar de uma cultura da vida plena, onde o sorriso de meninos e meninas em todas as partes de mundo venham preencher os demasiados berços vazios, devolvendo-nos a alegria de viver e celebrar a visita de Deus em cada criança que nasce.
Não a exclusão de novas vidas, sim a distribuição e inclusão no banquete da vida como proclamava São Paulo VI. O grande recurso do planeta Terra Nossa Casa Comum, sempre será a população, a família humana, uma vez que cada pessoa é única e singular e tem um valor precioso inestimável.
Porque temos e testemunhamos a esperança que não engana, anunciamos sempre a primazia do amor e da vida, que nos realiza e nos faz experimentar ao Deus da Vida e da Misericórdia que cuida, ampara e protege a todos os seus filhos e criaturas. Deus seja louvado!