Terra Santa: um "Estatuto" para o Patriarcado Latino de Jerusalém

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Dividido em três seções, o Estatuto contém disposições claras e distintas em relação à dimensão espiritual, pastoral e econômica da vida do Patriarcado, explica dom Pizzaballa em sua carta de apresentação. O novo instrumento também visa reorganizar de modo orgânico as disposições postas em prática pelos diversos Patriarcas ao longo do tempo, adaptando-as ao atual quadro jurídico e canônico que regula o funcionamento das instituições eclesiásticas católicas

Vatican News

Um instrumento ágil e unitário para regular a “vida interna” do Patriarcado Latino de Jerusalém, harmonizando as regras de funcionamento das várias instituições patriarcais com o Direito Canônico e as recentes disposições da Santa Sé.

Com este objetivo foi concebido e realizado o primeiro “Estatuto do Patriarcado Latino de Jerusalém”, resultado do trabalho de reorganização das instituições patriarcais conduzido pelo administrador apostólico do Patriarcado desde 2016, o arcebispo dom Frei Pierbattista Pizzaballa, OFM.

Dimensão espiritual, pastoral e econômica do Patriarcado

Dividido em três seções, o Estatuto contém disposições claras e distintas em relação à dimensão espiritual, pastoral e econômica da vida do Patriarcado, explica o próprio arcebispo Pizzaballa em sua carta de apresentação, assinada em 4 de junho de 2020.

“O novo instrumento também visa reorganizar de modo orgânico as disposições postas em prática pelos diversos Patriarcas ao longo do tempo, adaptando-as ao atual quadro jurídico e canônico que regula o funcionamento das instituições eclesiásticas católicas.”

Após uma introdução sobre a identidade e a missão do Patriarcado, o Estatuto define os deveres e tarefas do Patriarca, dos bispos e sacerdotes, colaboradores, conselhos consultivos e tribunais eclesiásticos. Também subseções específicas são dedicadas ao funcionamento de instituições ligadas ao Patriarcado, como o Seminário Patriarcal de Beit Jala e as Escolas Patriarcais.

Transparência e sustentabilidade econômica e financeira

Acentua-se um cuidado especial em dar orientação sobre a transparência e sustentabilidade econômica e financeira de todas as realidades e atividades individuais sob o controle do Patriarcado – paróquias, escolas, universidades, centros sociais.

“Já em junho de 2018, o arcebispo Pizzaballa havia instituído um Conselho econômico como órgão consultivo para auxiliar o Patriarcado na gestão de questões financeiras, econômicas e administrativas.”

O Conselho, chamado a reunir-se em sessão plenária várias vezes ao longo do ano, é composto não somente pelo Patriarca (ou administrador apostólico) e pelo ecônomo do Patriarcado, mas também por seis membros leigos (três da Jordânia, um de Israel, um de Jerusalém e um da Palestina), todos especialistas no setor econômico-financeiro.

Missão do Patriarcado: pregação do Evangelho e pastoral

Nos últimos anos, o Patriarcado Latino de Jerusalém teve que enfrentar os problemas administrativos e financeiros que haviam marcado a construção e o início da Universidade Americana de Madaba (American University of Madaba), ligada ao Patriarcado e inaugurada em 30 de maio de 2013 na presença do rei Abdullah II da Jordânia.

Na Carta dirigida a todos os membros do Patriarcado Latino no início da Quaresma de 2017, dom Pizzaballa escreveu, entre outras coisas, que no passado recente “foram cometidos erros que prejudicaram a vida do Patriarcado, financeira e administrativamente, sobretudo em relação à Universidade Americana de Madaba”.

“Cometemos erros em algumas áreas importantes, talvez não nos concentrando o suficiente em nossa missão precípua: pregar o Evangelho e nos dedicarmos às atividades pastorais.”

(Fides)

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