Milhares de fiéis católicos reuniram-se em Kigungu, Entebbe, para comemorar os 146 anos da chegada dos primeiros missionários católicos ao Uganda.
Vatican News (Cisa África)
A peregrinação anual, que se realiza todos os anos a 17 de fevereiro, honra o momento histórico em que o Père Simeon Lourdel Mapeera e o Irmão Amans Delmas pisaram o solo ugandês em 1879, trazendo a fé católica para a região.
“O medo tem levado muitas pessoas a vários problemas. Na Bíblia, Caim matou Abel por causa do medo, ele temia que Abel fosse glorificado perante o Senhor. Mal sabia ele que ninguém é maior do que Deus”, disse o Bispo na sua homilia. salientou que o medo enfraquece a fé e apelou aos crentes para que se mantenham firmes no seu compromisso com Deus.
Falando diretamente aos casais, o Bispo de Masaka encorajou-os a confiar na presença de Deus na sua união.
“Quando as pessoas fazem votos, Jesus está sempre no centro do seu casamento. Não deixem que o medo abale o vosso compromisso um com o outro”, exortou o prelado.
A peregrinação atraiu fiéis de todo o Uganda, muitos dos quais viajaram longas distâncias para participar no evento sagrado. Para eles, Kigungu é mais do que um marco histórico, é um lugar de profunda renovação espiritual. Todos os anos, aquela modesta aldeia de pescadores nas margens do Lago Vitória transforma-se num centro de devoção religiosa, à medida que milhares de pessoas se reúnem para honrar os sacrifícios feitos pelos primeiros missionários e celebrar a resistência do catolicismo no Uganda.
O local onde o Padre Mapeera e o Irmão Amans chegaram pela primeira vez tornou-se, desde então, um venerado lugar de oração, simbolizando as raízes da fé católica no Uganda. Peregrinos de todas as idades, desde crianças a idosos, vão a Kigungu para procurar bênçãos divinas, refletir sobre a sua fé e reforçar a sua ligação com Deus.
No final da missa, Dom Jjumba exortou os fiéis a seguirem os passos dos missionários pioneiros, aprofundando a sua fé e servindo desinteressadamente as suas comunidades. As celebrações culminaram com uma procissão solene até ao monumento histórico que assinala a chegada dos missionários. Aí, os peregrinos ajoelharam-se em oração, expressando gratidão pelos 146 anos de catolicismo no Uganda e pedindo a contínua inspiração divina na vida de cada dia.