O membro da Pontifícia Academia para a vida, mons. Renzo Pegoraro, falou num encontro on-line do Celam sobre saúde pública e bem comum.
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“A Pontifícia Academia para a Vida valoriza as iniciativas do Celam e confirma sua disposição de colaborar para o bem comum e a saúde de todos os povos da América Latina.” Foi o que disse nesta quinta-feira (25/09), o membro do organismo vaticano, mons. Renzo Pegoraro, durante seu pronunciamento na reunião on-line promovida pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) sobre saúde pública e bem comum.
Diante dos efeitos da pandemia da Covid-19 e das políticas de saúde pública nos diferentes países da América Latina e Caribe, os membros das Conferências Episcopais da Argentina, Peru, Colômbia, México, Brasil e América Central, coordenados pela Corporação Millennia, analisaram as possibilidades de criação de um pacto global para a saúde como um “bem essencial” e enfatizaram a correlação e interdependência entre medidas de contenção, políticas de saúde pública e economia familiar e popular.
Importância de colaborar em ações conjuntas
Durante o encontro, mons. Pegoraro elogiou a iniciativa do Celam de promover a coordenação e colaboração de toda a Igreja na América Latina na criação de um grupo de trabalho dedicado aos temas da Covid-19, em relação à saúde pública e o bem comum. Neste sentido, o membro da Pontifícia Academia para a Vida enfatizou que, além de promover o intercâmbio de conhecimentos e informações, este trabalho do Celam “será relevante para ajudar a definir as prioridades” da saúde “inspiradas nos critérios da justiça e igualdade”.
Segundo uma nota da Pontifícia Academia para a Vida, a reunião destacou a importância de colaborar em ações conjuntas a curto, médio e longo prazo. Neste contexto, as estratégias de tratamento (medicamentos e desenvolvimento de vacina) foram consideradas como medidas de curto prazo; a médio prazo, aquelas que visam estudar as características dos sistemas de saúde dos diferentes países para que estejam mais ligadas ao território, ou seja, trabalham através de redes territoriais e metodologias que permitem um acesso mais amplo aos cuidados, sem discriminação de natureza econômica ou social. A longo prazo, devem ser abordados os principais problemas de justiça econômica e distribuição de recursos.
Alcançar as populações que vivem nas áreas difíceis
Em particular sobre a vacina, os participantes destacaram que será fundamental entender como disponibilizá-la rapidamente e que tipo de colaboração pode ser estabelecida entre governos, estruturas da Igreja, organismos internacionais, entre outros, a fim de garantir o acesso a toda a população, superando todo condicionamento de patentes e apoiando um acordo global. Neste sentido, será crucial trabalhar para melhorar as infraestruturas e alcançar efetivamente as populações que vivem nas áreas mais difíceis de acessar.
Em conclusão, o painel organizado pelo Celam considerou que as pesquisas científicas (medicamentos, tratamentos e vacinas) devem ser capazes de levar em conta as realidades dos sistemas de saúde na América Latina para que as habilidades e experiências positivas que já existem na região possam ser aprimoradas.
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