Neste mês, em que a Igreja faz memória de algumas pessoas que conviveram com Jesus, como os apóstolos Tomé e Tiago, e as discípulas Marta e Maria Madalena, meditaremos um pouco sobre o respeito. Segundo o Dicionário Aurélio Online, respeito é definido como: “Sentimento que leva alguém a tratar as outras pessoas com grande atenção e profunda deferência, consideração ou reverência: respeito pelas mulheres, respeitar os mais velhos. Obediência, acatamento ou submissão: respeito às leis. Apreensão ou sensação de medo: aquela é uma tempestade que impõe respeito. Maneira de se tratar um assunto; ponto de vista. Que ocasiona alguma coisa; motivo, razão”.
Porém, se apenas pegarmos a palavra respeito do dicionário, ela não faz sentido por si só. É preciso que aprendamos o que seja respeito e, a partir da definição, descubramos a melhor maneira para o uso, no dia a dia. Respeitar é tratar o outro bem, seja um idoso ou os pais, um filho ou um amigo, um vizinho ou colega de trabalho, uma pessoa em situação de rua ou uma autoridade… Enfim, todas as pessoas devem ser bem tratadas, ainda que por nossos critérios mesquinhos de julgamento, nós não achemos que mereçam. Mas o respeito não é simplesmente tratar bem, o respeito é um sentimento profundo, que nos leva naturalmente a não machucar o outro com gestos, palavra, atos e omissões.
Geralmente falamos que respeitamos, mas nem sempre nossas ações confirmam nossas palavras. Quando pessoa de outra denominação religiosa se posiciona contrariamente à nossa crença, ao invés de tentarmos um colóquio, a fim de compreender a crença do outro, costumamos atacá-la por todos os meios disponíveis, pessoal ou virtualmente. Desrespeitamos pessoas de orientação política ou sexual diferente. Faltamos com o respeito para com os desfavorecidos financeiramente, os subordinados, os indígenas, a pessoa em situação de rua, nossos pais, filhos, amigos e estranhos, por simplesmente discordarem de nós em alguma questão.
E passamos a não respeitar a nós mesmos, todas as vezes em que nos prejudicamos, alimentando ódio e rancor, vícios e comportamentos pecaminosos. Às vezes, julgamos e não respeitamos o tempo que as pessoas precisam para passar pelo luto, pela doença, pelo divórcio. Todas as vezes em que desrespeitamos o outro, ferimos a Deus. Somos arrogantes, quando nos colocamos em primeiro lugar e nos esquecemos do amor fraterno que Jesus pediu para que vivenciássemos. Em tempos de soberba, seja humilde. Em tempo de pandemia, seja generoso. E, em qualquer tempo, acolha e respeite quem precisa. A falta de compaixão é um crime contra a humanidade e contra o amor. Há quem ame muito, mas não sabe expressar amor sem magoar. Aprenda a acolher o amor, do jeito que ele vier. Tenha compaixão pelo outro e verdadeiramente respeite suas próprias limitações e seu tempo, bem como a limitação e o tempo que todos os demais seres vivos precisam, para vivermos em harmonia!
