Coronavírus. Dom Tomasi: viver este tempo "firmes na esperança"

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“Escuta, colóquio, sinodalidade. Estas são as palavras que dou a mim e a vocês para um caminho comum de nossa Igreja, junto com os homens e mulheres de nosso tempo, sem barreiras, sem distinções, sem preclusões: verdadeiramente ‘Fratelli tutti’, porque filhos do mesmo Pai”, diz o bispo de Treviso, região italiana do Vêneto, dom Tomasi. “A fé em Jesus Cristo, em sua vitória sobre a morte e em seu infinito amor por nós, nos permite caminhar nas trevas, dar passos de vida que não cedem à cansaço e ao desespero, que se abrem à esperança”, frisa

Vatican News

“Firmes na esperança (Rm 5,2) – Na provação o Senhor cuida de seu povo” é o título da primeira carta pastoral do bispo de Treviso, na região do Vêneto – nordeste da Itália – dom Michele Tomasi.

“Um convite – lê-se – a viver intensamente e sem poupar a si mesmo este nosso tempo. Não será tão relevante o que faremos, mas como nossas comunidades e como cada um de nós conseguirá ser uma testemunha de esperança a serviço da vida.”

Dom Tomasi descreve a atual situação pandêmica como um momento de provação, “bloqueado”, mas ainda assim um “tempo dado” para se viver como discípulos de Cristo. Certamente, a Covid-19 perturbou todos os aspectos da convivência civil e tocou profundamente a vida da Igreja. Portanto, “a situação em que ainda estamos vivendo nos impede de percorrer nossos caminhos habituais”. Provavelmente ainda continuará a fazer isso.

Um caminho guiado pelos tempos do ano litúrgico

O bispo de Treviso propõe, por conseguinte, um caminho baseado não em programas pastorais definidos, mas guiado pelos tempos do ano litúrgico, um “ponto de referência que nos permite viver nosso tempo, que é habitado pela presença de Jesus Cristo, o Crucificado Ressuscitado, Senhor do tempo e da história, que está vivo entre nós e nunca nos deixa sós”. A isto se soma o convite a “viver boas relações com Deus, com os outros, com a criação, com nós mesmos; a viver com esperança e coragem diante dos difíceis desafios, comprometendo-nos com grandes esforços de solidariedade, fraternidade, partilha, coesão social”.

O critério do caminho será a escuta: da Palavra de Deus e sua encarnação nos estilos de vida, da Igreja, dos pobres, a escuta uns dos outros e a história. A ser colocado em circulação através das dimensões do colóquio e da sinodalidade.

Verdadeiramente “Fratelli tutti”, porque filhos do mesmo Pai

A carta pastoral foi apresentada na sexta-feira, 27 de novembro, durante uma convocação diocesana na presença de uma pequena representação de fiéis e transmitida em streaming.

“Escuta, colóquio, sinodalidade. Estas são as palavras que dou a mim e a vocês – disse o bispo – para um caminho comum de nossa Igreja, junto com os homens e mulheres de nosso tempo, sem barreiras, sem distinções, sem preclusões: verdadeiramente ‘Fratelli tutti’, porque filhos do mesmo Pai.”

Assim, “a fé em Jesus Cristo, em sua vitória sobre a morte e em seu infinito amor por nós, nos permite caminhar nas trevas, dar passos de vida que não cedem à cansaço e ao desespero, que se abrem à esperança”.

(Sir)

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