É preciso que a Comunidade internacional e a CEDEAO tomem, sem perda demoras, medidas para repor a ordem constitucional na Guiné-Bissau. Caso contrário as consequências podem ser perigosas para toda a região e para o mundo – é quanto exprime o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, ao fazer a leitura da situação politica que se está a viver no país.
Dulce Araújo – Rádio Vaticano
Na base da intensificação da crise politica na Guiné-Bissau estão – segundo o líder do PAICG, Domingos Simões Pereira – diversos factores, entre os quais interesses externos de países da região, factores étnicos e tribais, para além do trafico de droga e questões ligadas ao petróleo. Uma mistura perigosa de factores que podem, a seu ver, levar à desestabilização da região e da África, se nada for feito para repor a ordem constitucional e democrática no país.
Ele considera que se assiste a um recuo em relação ao principio de não tolerar poderes instituídos por via não democrática.
Em entrevista à Radio Vaticano, Domingos Simões Pereira faz uma leitura global do cenário politico guineense actual, pondo em realce diversos elementos que ajudam a melhor compreender esta situação, a estratégia adoptada pelo PAIGC neste momento crucial, e o papel que a Igreja e outras confissões religiosas podem desempenhar num contexto em que alguns tendem a usar o factor religioso para dividir.