Dom Orani: junto com o Papa, acreditar no colóquio e na missão dos cristãos no mundo

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O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, ao comentar a visita do Papa Francisco ao Iraque, descreveu a importância do gesto simbólico de visitar a Ur dos Caldeus, “berço das três religiões monoteístas”, já que está previsto um encontro inter-religioso pela paz. Dom Orani pediu união pela viagem apostólica, a todos que acreditam no colóquio e “na certeza de que nós temos uma grande missão como cristãos no mundo”.

Andressa Collet – Vatican News

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Uma das principais etapas da viagem apostólica do Papa Francisco no Iraque acontece no sábado (6) na Ur dos Caldeus, um lugar ligado à figura de Abraão e aos primórdios da evangelização. A presença inédita de um Pontífice por lá, como comentou o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, é um gesto simbólico de Francisco, mas de concreto colóquio com as religiões monoteístas, já que está previsto um encontro inter-religioso pela paz.

“Ali em Ur, o berço das três religiões monoteístas – de judeus muçulmanos e cristãos -, dali onde saiu Abraão (ou Abrão) para Harã e depois para a terra prometida – ‘sai da tua terra’ e vai, para onde Deus te enviar -, realmente é um voltar às fontes, voltar aos inícios. É um bonito momento de colóquio com as religiões monoteístas, esse gesto simbólico do Santo Padre. De um lado poder ter esse colóquio tanto com os muçulmanos como também com os demais cristãos, não católicos ali do Iraque, mas também de poder consolar o povo tão sofrido da Igreja mártir do Iraque, como ele chama, que sofreu com tantas guerras, revoluções, destruições, tantas bombas e instabilidades, da Igreja se fazer presente, estando ali junto à sociedade iraquiana, pra dizer dessa presença da Igreja que, como mãe, quer estar presente também consolando aqueles que sofrem em tantas situações de dificuldades.”

Somos Todos Irmãos

A mensagem de fraternidade e de colóquio que será levada pelo Pontífice aos irmãos no Iraque, também será de conforto à minoria cristã, que carrega as feridas das perseguições, guerras e violências. Um olhar de esperança e com confiança no porvir, comentou dom Orani:

“E também, é claro, de confirmar os cristãos católicos, uma minoria que existe ali, que diminuíram bastante depois das últimas revoluções, mas que permaneçam como essa semente lançada na terra que possa, como fermento no meio da massa, ser a alma um pouco de toda a população, através da fraternidade e naquilo que o Santo Padre nos ensinou com o documento ‘Fratelli tutti’, que vai também como tema agora dessa visita apostólica do Papa, “Somos todos irmãos”. De tal maneira que, esse gesto do colóquio e de confirmar os irmãos na fé, e de colóquio também com tantas situações sociais que existem no Iraque – administrativas e econômicas – seja para todos nós esse olhar para a sociedade, para o mundo e para o porvir com esperança e com confiança.”

A grande missão como cristãos no mundo

Além dos flagelos das guerras e do terrorismo, o Iraque também sofre com as consequências da pandemia da Covid-19. O gesto do Papa de confirmar a visita ao país nessa situação, segundo o arcebispo do Rio do Janeiro, é um alento, mas também inspira os cristãos em missão no mundo inteiro:

“Dentro de uma instabilidade também sanitária muito difícil, que nós temos hoje em relação à Covid, vemos aí esse gesto na primeira viagem apostólica do Papa Francisco, depois do surgimento da Covid-19, na sua 33ª viagem. Que nós estejamos unidos e que seja para todos nós que acreditamos no colóquio, na certeza de que nós temos uma grande missão como cristãos no mundo, um grande alento.”

“Que o Papa Francisco seja iluminado pela ação do Espírito Santo para essa bela e relevante missão, e nós estaremos aqui, do Rio de Janeiro, rezando nessa intenção, rezando por ele e por essa viagem, de sexta-feira a segunda-feira, unidos ao Santo Padre nessa viagem apostólica.”

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