Filho: o dom mais excelente -1ª Parte

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Santo Agostinho ensinava: “Entre os bens do matrimônio ocupa o primeiro lugar a prole. Foi o próprio Criador do gênero humano quem quis servir-se na sua bondade dos homens como instrumentos para a propagação da vida”. A Exortação Apostólica Familiaris Consortio declara: “A tarefa fundamental da família é o serviço à vida, o realizar no decorrer da história a bênção original do Criador, transmitindo a imagem divina pelas gerações de homem a homem” (FC 28). São duas as expressões que precisam ser sublinhadas: os pais são instrumentos e servidores da vida. A vida deve surgir no matrimônio como o lugar adequado, o mais excelente, aonde a vida é desejada, amada, acolhida e onde se realiza todo o processo de formação integral.

O Concílio Vaticano II afirma: “Pela sua natureza a própria instituição do matrimônio e o amor conjugal estão ordenados à procriação e à educação da prole e nestes encontram a sua coroação” (GS 48). Com forma mais expressiva indica que “os filhos são, certamente, o dom por excelência do matrimônio e contribuem muito ao bem dos próprios pais” (GS 50). A inclusão desta vigorosa afirmação provém do desejo pessoal do Papa Paulo VI.

O filho é um dom que nasce do dom recíproco dos esposos como expressão e plenitude da sua mútua doação. É uma maravilhosa corrente de dons que o Catecismo da Igreja Católica põe em relevo: “A fecundação é um dom, um fim do matrimônio, pois o amor conjugal tende a ser fecundo naturalmente. O filho não vem externamente para acrescentar o amor mútuo dos esposos, mas brota no coração deste dom recíproco, portanto, é fruto e realização. Por isso a Igreja, que ‘é a favor da vida’ (FC 30), ensina que ‘todo ato matrimonial deve ficar aberto à transmissão da vida’ (HV 11). O homem não pode romper, por iniciativa própria, entre os dois significados do amor conjugal: o significado da união e o da procriação” (CIC 2366). E o Catecismo cita novamente a Humanae Vitae: “protegendo ambos estes aspectos essenciais, da união e procriação, o ato conjugal conserva íntegro o sentido do amor mútuo e verdadeiro e a altíssima vocação do homem e da paternidade” (HV 12) (CIC 2369).

Fonte: Artigo sobre “Família: Dom e Compromisso, Esperança da Humanidade” do Cardeal Alfonso Lopez Trujillo

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