O Papa acolhei na grande Sala Paulo VI as delegações de Sutrio, Rosello e Guatemala, que ofereceram a árvore e os dois Presépios para o Santo Natal deste ano. De Francisco, o convite a refletir sobre a importância do silêncio, que “ajuda a tornar-se íntimo de Deus”.
Manoel Tavares – Cidade do Vaticano
O Papa encontrou na manhã deste sábado, 3, na Sala Paulo VI, os doadores do Presépio e da árvore de Natal na Praça de São Pedro, bem como do Presépio na Sala Paulo VI, a quem agradeceu de coração, pois estes símbolos natalinos serão contemplados pelos peregrinos do mundo inteiro.
Francisco dirigiu um agradecimento especial às crianças que participaram na decoração da árvore, aos artesãos e marceneiros, que esculpiram as estátuas do Presépio, como também aos que cultivaram abetos e árvores menores, destinadas a outros ambientes do Vaticano, explicando:
A árvore e o presépio são dois símbolos que continuam a fascinar jovens e adultos. A árvore, com suas luzes, recorda-nos Jesus que vem iluminar as trevas e a nossa existência de pecadores e sofredores neste mundo. Como as árvores, também os homens precisam de raízes, pois só quem está enraizado em boa terra permanece seguro, cresce, amadurece e resiste às intempéries. É relevante valorizar as raízes da vida e da nossa fé.
Já o Presépio, que representa o nascimento do Filho de Deus na sua pobreza genuína, afirmou o Santo Padre, nos ajuda a redescobrir a verdadeira riqueza do Natal e nos purifica de tantos aspectos, que contaminam a paisagem natalina. O Presépio, também simples e familiar, chama a nossa atenção para um Natal diferente daquele consumista e comercial; recorda-nos a cultivar momentos de silêncio e oração em nossos dias frenéticos, acrescentando:
O silêncio favorece a contemplação do Menino Jesus, ajuda-nos a uma maior intimidade com Deus, na sua fragilidade e simplicidade de recém-nascido, deitado em um presépio. Para celebrar o Natal, devemos redescobrir a surpresa e o espanto da pequenez de Deus no Presépio e na pobreza de um estábulo e tornar-nos pequeninos.
Mas, qual a melhor forma de viver o Natal? O Papa nos sugere a oração e a ação de graças a Jesus, diante deste dom gratuito de amor, que quer ingressar em nossas casas e em nossos corações. Deus nos ama tanto a ponto de compartilhar conosco a sua humanidade. Ele nunca nos abandona, pelo contrário, está ao nosso lado, em todas as circunstâncias, tanto na felicidade como na dor. O Emanuel, Deus conosco, é a luz que ilumina as trevas e uma presença que nos acompanha em nosso caminho.
Por fim, o Papa Francisco renovou seu agradecimento pelos presentes de Natal, a árvore e o Presépio, desejando a todos e às suas famílias e comunidades um Santo Natal, sob a proteção materna de Maria, Mãe de Jesus e nossa.