Jurkovič: que a economia global seja em benefício de todos

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Discurso do observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, em Genebra, na segunda sessão do Comitê Preparatório da Unctad XV, Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento.

Isabella Piro – Vatican News

“Prosperidade para todos”. Este é o lema da Unctad, Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento, lembrado na manhã desta sexta-feira (11/12), pelo observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas, em Genebra, dom Ivan Jurkovič.

O prelado falou na segunda sessão, realizada em modo virtual, do Comitê Preparatório para o 15° Encontro da Unctad (Unctad XV), marcado de 25 a 30 de abril de 2021 em Barbados, no Caribe. “A pandemia da Covid-19 e suas consequências”, disse o representante vaticano, “evidenciaram as carências graves da globalização e o impacto duradouro que terão, sobretudo nos países em desenvolvimento”. Por isso, a Unctad XV “será a primeira oportunidade de estabelecer a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável numa nova normalidade global”, pós-pandêmica. Não só. Dom Jurkovič destacou a necessidade de que a reunião de 2021 ofereça “uma ocasião única para coordenar esforços, no âmbito global, para um porvir melhor”, transformando “as abordagens globais de comércio e desenvolvimento de modo a traçar um trajeto sustentável” para todos. Para muitas pessoas, voltar a “fazer negócios como antes não é mais possível”. Portanto, é “imperativo – insistiu o prelado – que a conferência de Barbados marque o início de uma nova e decisiva década de desenvolvimento”.

Lutar para que haja prosperidade para todos

Por outro lado, explicou o arcebispo, “o objetivo para o qual existe a Unctad é simples, mas desafiador: fazer da economia global um sistema em benefício de todos”. Infelizmente, devido à pandemia da Covid-19, “este objetivo parece mais distante do que nunca”, mas é por isso que “devemos nos esforçar por uma abordagem mais construtiva” que torne possível “a prosperidade para todos”. O observador permanente também advertiu que “as consequências da crise atual vão muito além do âmbito financeiro, estendendo-se às esferas econômica, social e cultural”. Por esta razão, “a Comunidade internacional não pode permitir que o finança continue sendo uma fonte de instabilidade global” e deve se comprometer a “adotar urgentemente medidas para evitar novas crises”.

Não é o momento de ficar indiferente

“Este não é o momento da indiferença, porque o mundo inteiro está sofrendo”, concluiu o prelado, pedindo que “a delegação da Santa Sé seja incluída na consulta do Departamento ampliado da presidência para a preparação da Unctad XV, a fim de dar uma contribuição concreta” para a conferência.

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