Que bom o achar novamente!
A expectativa com relação ao porvir pode gerar muita ansiedade. Ficar imaginando como será o amanhã implica, muitas vezes, atrair sensações de impotência e desespero, pois é preocupar (‘pré-ocupar’, no sentido de ocupar antes do tempo!) com o que não está completamente ao alcance.
Por outro lado, também não é recomendável ignorar o porvir ou fingir que ele nada tem a ver conosco, pois isso poderia levar a uma vida sem direcionamento e autonomia; a uma vida reativa e não escolhida, buscada e construída de forma propositado.
Ora, se o porvir não deve nos gastar em demasia e não deve ser ignorado, o que nos resta fazer com relação a ele? Como devemos relacionar com esta parte provável de nossa estrada existencial? Seria possível alcançar algum equilíbrio entre a exagerada preocupação e a inércia?
Claro que não há respostas fáceis para as indagações, mas há dicas capazes de nortear o presente e uma delas é exatamente pensar que o porvir tende a ter a cara do presente. É isso mesmo! Se olharmos nossa vida tal como está agora temos condição de visualizar o provável porvir.
Talvez a ideia assuste um pouco, mas ela não é tão dura como parece, pois revela algo óbvio: nosso controle sobre o presente, nossa possibilidade de decidir o que fazer hoje. O presente está aberto e disponível a ser segundo nossa escolha e desejo.
Se alguém avalia seu presente e se angustia com o porvir que decorrerá dele, tem possibilidades – maiores ou menores, a depender de cada caso – de fazer escolhas para o presente. Alterando o presente, altera-se a possibilidade do porvir.
Saindo um pouco da abstração, a dica é achar algumas situações do cotidiano que podem ser mudadas no presente a fim de que se tenha um amanhã melhor: uma alimentação de melhor qualidade hoje, gera uma saúde melhor no porvir; a prática de atividades físicas no presente deverá gerar melhor qualidade de vida no porvir…
Cultivar relacionamentos mais saudáveis, respeitosos e amorosos no hoje da vida, implica maiores chances de um porvir com boas companhias e menor solidão. Viver segundo as próprias convicções e construir um clima de solidariedade e cooperação no trabalho e na família aumenta a chance de ser mais feliz e realizado no porvir.
Pense nisso: o que você pode fazer hoje – no seu presente – para ter um amanhã mais feliz. Faça isso: cuide do presente que recebe a cada manhã. Cuide bem do hoje.