Refletindo sobre crítica

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Olá! Espero que esteja bem!
A crítica faz parte da vida! A história humana – individual e coletiva – é inevitavelmente marcada pela crítica. Ora criticamos, ora somos criticados.
A palavra crítica pode gerar, num primeiro momento, a ideia de algo negativo e até ruim, mas nem sempre esta primeira impressão está correta. A crítica é essencial para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento das pessoas, das instituições e das ideias que usamos para interpretar e compreender o mundo à nossa volta.
Criticar é exercer uma avaliação criteriosa com relação a alguém ou alguma situação. É verificar os fundamentos, os pontos fortes e frágeis, as variáveis que tiveram que ser consideradas para que determinada situação chegasse naquele ponto. Criticar, neste sentido, é um ato complexo e não simples! Exige seriedade; abertura para compreensão profunda da realidade que está sendo avaliada; capacidade para reconhecer os pontos positivos, mesmo que tais pontos não estejam de acordo com nossa forma de pensar, crer e sentir.
Muitas pessoas confundem ataques com crítica ou mesmo aparentam estar criticando, quando, na verdade, estão disseminando veneno, ódio e intolerância. Um bom crítico é, antes de tudo, respeitoso e tolerante. Sem respeitar e reconhecer a possibilidade de retidão daquilo ou daquele que se critica (tolerância), a crítica deixa de ser crítica e se transforma em ataque ou ofensa disfarçada de boa intenção. Não tem legitimidade; não ajuda a crescer; não merece ser considerada; não é digna de ser, sequer, ouvida.
Para não sermos vítimas de críticos tendenciosos e manipuladores, precisamos desenvolver um bom senso crítico com relação às críticas que os outros fazem, isto é, as críticas que as outras pessoas fazem sobre nós ou sobre qualquer assunto precisam passar pelo nosso filtro. Não podemos e não devemos acatar, sem pensar e criticar, as inúmeras críticas que recebemos.
Para sermos críticos, algumas dicas são bastante interessantes: 1) desconfiar de pessoas que se dizem dotadas de conhecimentos ou informações que somente elas e seus aliados possuem: esses privilégios são, geralmente, falsos e estão a serviço de argumentações vazias e interesseiras; 2) desconfiar de quem pousa de bonzinho para criticar instituições ou projetos que gozam de credibilidade – como se o bonzinho fosse o salvador da pátria: esses ‘heróis’, na maior parte das vezes, estão a serviço de si mesmos e/ou de interesses obscuros; 3) buscar mais informações sobre o assunto e tirar as próprias conclusões. Geralmente as falácias (críticas sem fundamento) não resistem ao colóquio e ao aprofundamento, portanto, quando buscamos mais informações logo percebemos que são frágeis, arbitrárias, intolerantes e fundadas no desrespeito; embora disfarçadas de boas estão a serviço da discórdia e da desunião.
Abra os olhos! Coloque seus filtros críticos para funcionar… não permita que pessoas mal-intencionadas – disfarçadas de pessoas de bem – plantem dúvidas e falsidade em seu coração. Cuidado: palavras bonitas podem esconder armadilhas horríveis.
Por fim, para ser coerente, deixo uma última palavra: critique este artigo; reflita sobre ele; desconfie dele. Se o texto não for consistente e confiável, não o tome como bom!

Por José Luciano Gabriel – Diácono Permanente da Diocese de Gov. Valadares/MG, Professor, Advogado. Blog: jlgabriel.blogspot.com.br | e-mail: [email protected]

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