O Programa de Atendimento a Refugiados da Caritas do Rio de Janeiro (PARES) é o primeiro do gênero no Brasil, já que existe desde 1976. Durante a pandemia, uma campanha de financiamento coletivo pretende arrecadar R$ 55 mil para doar alimentos, remédios e produtos de higiene a 100 famílias de refugiados, sobretudo provenientes da Venezuela, além de ajudar no pagamento do aluguel. Essa é uma das iniciativas apresentadas no boletim semanal da Seção Migrantes e Refugiados do Vaticano.
Andressa Collet – Vatican News
Já foi divulgado o último boletim da Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano. Nesta terça-feira (23), a publicação semanal trouxe várias iniciativas que estão sendo realizadas nos países para o cuidado e a proteção das crianças, já que em 12 de junho foi celebrado o Dia Mundial das Nações Unidas contra o Trabalho Infantil.
O cuidado às crianças
A mensagem do Papa Francisco durante a Audiência Geral de 10 de junho lembrou desse fenômeno que envolve as crianças “privadas da sua infância”, sobretudo neste período de pandemia, em que se veem forçadas a trabalhos inadequados para a idade, em formas modernas de escravidão, a fim de ajudar as famílias com a pobreza. O Pontífice, então, exortou as instituições a preencher as lacunas econômicas e sociais para promover “o crescimento, a saúde e a serenidade” das crianças que “são o porvir da família humana”.
Em Lima, no Peru, as palavras do Papa ecoaram através de um relatório especial, divulgado pela Arquidiocese local, em que apresenta as ações de solidariedade pelas centenas de crianças que encontram pelas ruas da capital. A própria Conferência Episcopal da América Latina (Celam) reafirmou o compromisso de lutar contra todas as formas de exploração do trabalho e que colocam a integridade física, mental e espiritual das crianças em risco.
A proteção aos refugiados
O boletim vaticano, então, ao divulgar as iniciativas de cuidado e proteção de refugiados durante a pandemia de Covid-19, na maioria das vezes invisíveis ao país anfitrião, apresentou o serviço realizado pelos salesianos no assentamento de Palabek, no norte de Uganda. Através de hortas e pomares, cultivando cereais, vegetais e sementes de girassol, os missionários ajudam a combater a desnutrição e a falta de alimentos.
A campanha de financiamento coletivo
Já do Rio de Janeiro, o boletim do Vaticano apresentou o Programa de Assistência para Refugiados e Requerentes de Asilo da Caritas local, o PARES. O projeto, o primeiro no atendimento do gênero no Brasil – já que existe desde 1976 e tem inclusive a parceria da ONU, está em plena campanha de arrecadação de recursos para as famílias refugiadas.
A Caritas constatou, através do acompanhamento virtual, que alguns refugiados sofrem por causa da falta de dinheiro e não conseguem comprar comida ou até pagar o aluguel. Até o momento, a campanha ajudou mais de 800 pessoas com a doação de alimentos, leite e produtos de limpeza e higiene, mas desde o início da pandemia, já foram atendidas cerca de 2,8 mil pessoas. O objetivo da campanha, que é de financiamento coletivo, é arrecadar R$ 55 mil para atender 100 famílias.
No Rio de Janeiro, a Cáritas atua há mais de 40 anos no acolhimento, proteção e integração dos refugiados, atendendo sem distinção de nacionalidade, raça, gênero ou religião. A maior parte deles são venezuelanos, mas o acolhimento envolve refugiados provenientes de mais de 25 países.
Faça a sua doação
A partir de R$10 já é possível doar aqui: www.kickante.com.br/juntospelosrefugiados