Olá gente!
Tem muita gente que existe, mas não vive! Viver é sempre mais que existir! A existência, no sentido reflexivo aqui adotado, é praticamente involuntária; viver é celebrar escolhas e se construir como ser único.
Os trocadilhos, a despeito de serem propensos à superficialidade, podem contribuir com a reflexão sobre a vida. As palavras viver e existir, evidentemente, podem significar muitas coisas em diversos contextos. Neste artigo são usadas como pretexto para refletir sobre caminhos de aperfeiçoamento pessoal, portanto, o foco não é a conceituação técnica, mas as provocações.
Como seria um paralelo entre existir e viver? Vamos pensar um pouco!
A falta de sonhos, metas, objetivos lança, pouco a pouco, a pessoa no plano da mera existência; estar na vida sem propósitos é existir; ao contrário, estabelecer propósitos de curto, médio e longo prazo, que façam sentido, que façam a vida valer a pena é viver.
As pessoas que têm metas a alcançar; que têm motivos para acordar toda manhã; que lutam por sonhos, experimentam um direcionamento no viver que as tira da condição de mera existência. Ter uma razão para viver, ou seja, um propósito, quebra a lógica da inércia existencial.
Aceitar e reproduzir passivamente os padrões familiares, culturais e sociais também é investir em simples existir. A evolução e o aperfeiçoamento fazem parte da trajetória individual e coletiva de cada ser humano. Quem se fecha à possibilidade da impermanência fica existindo em algum ‘lugar’ e perde a chance de viver.
A escolha por viver, neste aspecto, passa pelo cultivo da abertura para o crescimento individual, pela certeza de poder ser melhor e por uma construção de si como ser inédito no mundo, especialmente rompendo com padrões que ferem o direito de autonomia que cada indivíduo possui.
Por fim, a recusa em assumir a legítima parcela de responsabilidade pelo que acontece consigo é fatal: sepulta o sujeito no limite da existência, afinal, empurrar para distante de si a percepção de que se é a primeira pessoa responsável pela própria vida é desastroso para qualquer experiência real de vida.
Viver é tomar as rédeas da própria vida nas mãos e direcionar-se na história a partir de escolhas pessoais; é ter coragem para assumir que há um nexo de causalidade entre as ações praticadas e o que acontece na própria vida, embora consciente da possibilidade de existirem situações que fogem ao controle.
Vale refletir e questionar: Como e quais são seus propósitos? Você dirige sua própria vida ou é dirigido por diversas forças à sua volta? Quanto a responder por seus atos, você assume e aceita as consequências do que faz ou fica sempre transferindo para alguém a ‘culpa’ pelo que te acontece?