Na coletiva de apresentação da Mensagem do Papa para o IV Dia Mundial dos Pobres, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização destacou a vocação dos cristãos de estarem na linha de frente para amparar os mais necessitados.
Debora Donnini – Cidade do Vaticano
“A oração a Deus e a solidariedade para com os pobres e os enfermos são inseparáveis”: sobre esta premissa, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, baseou a apresentação da Mensagem do Pontífice para o Dia Mundial dos Pobres. A coletiva foi realizada na Sala de Imprensa da Santa Sé vazia, transmitida via streaming devido às restrições impostas pela pandemia.
O tema da mensagem é «Estende a tua mão ao pobre» e, segundo o Arcebispo, se insere plenamente no momento de crise que a humanidade está vivendo em decorrência da Covid-19, em que aumentam os pedidos de ajuda.
“Será nossa tarefa, portanto, fazer com que não falte aos sempre mais numerosos pobres que encontramos os sinais cotidianos que acompanham a nossa ação pastoral”, destacou Dom Fisichella.
Entre estes sinais, o Arcebispo mencionou os últimos gestos promovido pelo Papa, como o Fundo “Jesus Divino Trabalhador”, criado em auxílio dos romanos. Outro ponto destacado da Mensagem do Papa faz referência “às mãos estendidas” de médicos, enfermeiros, voluntários, sacerdotes que vão ao encontro dos doentes. Mãos que contrastam com as que ficam no bolso de quem só pensa em acumular riquezas em detrimento dos outros.
Essas palavras “são duras”, notou o Arcebispo, e evidenciam a falta de responsabilidade social ainda presente no mundo de hoje. Mas, felizmente, são mais numerosas as obras positivas, definidas pelo Pontífice como “ladainha de obras de bem”.
“O Papa Francisco não tem medo em identificar essas pessoas como verdadeiros santos, ‘santos da porta ao lado’, que, com simplicidade, sem barulho e publicidade, oferecem o genuíno testemunho do amor cristão.”