Angola – Tomada de posse de João Lourenço marcada para o dia 15

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Tomada de posse de João Lourenço, Presidente reeleito de Angola, em clima de fortes contestações da antítese e reforço do dispositivo de defesa e segurança.

Anastácio Sasembele – Luanda

Chumbado que esta pelo Tribunal Constitucional o recurso da UNITA sobre o processo de contagem dos votos nas eleições gerais de 24 de Agosto, onde o maior partido na antítese pretendia ver a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) a contar novamente os boletins, o país prepara – se, agora, para as cerimonias de tomada de posse do Presidente da República reeleito, da Vice-Presidente e dos 220 deputados a Assembleia Nacional, que terão lugar nos dias 15 e 16 de Setembro, respectivamente.

Os preparativos decorrem num ambiente de fortes medidas de segurança, fundamentalmente na capital Luanda, onde se registam demonstrações de material bélico por parte das forças de defesa e segurança, ante as contestações de cidadãos que olham para o cenário como um acto de intimidação.

O analista de política Albino Pakisi critica os excessos da demonstração de força por parte das Forças de Defesa e Segurança do estado angolano.

Em reacção o Tenente General José Maria Marques diz que a movimentação das forças e meios que se registam em algumas artérias de Luanda visa tão-somente a preparação para a cerimónia da investidura do Presidente da República e do Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas e descarta qualquer acção de intimidação.

E a UNITA reafirma a não-aceitação dos resultados eleitorais divulgados pela CNE, e que dão vitória ao MPLA, numa altura em que apela ao bom senso das forças de defesa e segurança, a se absterem do uso da força contra os cidadãos que pretendem se manifestar, no dia da tomada de posse do Presidente da República.

Enquanto isso na nova composição da Assembleia Nacional, cuja legislatura estende-se até 2027, o MPLA vai ocupar 124 assentos, a UNITA 90, o PRS, a FNLA e o Partido Humanista de Angola (PHA) dois, a cada.

Entretanto a dúvida continua sobre a tomada de posse ou não dos deputados da antítese que se negam em aceitar os resultados definitivos já validados pelo Tribunal Constitucional fruto das eleições gerais de 24 de Agosto, que deram vitória ao MPLA e seu candidato a Presidente da República, João Lourenço, por 51,17 por cento dos votos.

Benedito Daniel, líder do PRS, fala numa decisão difícil que pode ser conhecida nas próximas horas.

E o Secretário do MPLA para a Informação Rui Falcão Pinto de Andrade apela aos seus militantes e os angolanos a manterem a calma, bem como o respeito das instituições públicas. 

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