Na segunda-feira (19) em Montreal, no Canadá, chegou-se a um acordo histórico entre os países de todo o mundo para tentar deter a destruição da biodiversidade e de seus recursos, essenciais para a humanidade
Giancarlo La Vella – Vatican News
Mais de 190 países chegaram a um acordo na segunda-feira (19/12) na Cop15 em Montreal, presidida pela China e realizada no Canadá após adiamentos devido à pandemia, sobre um trajeto de etapas que visa proteger 30% do território do planeta até 2030 e a aumentar a ajuda aos países em desenvolvimento para a proteção da biodiversidade para 30 bilhões de dólares por ano. A etapa canadense, nos comentários dos especialistas em clima e meio ambiente, foi vista como uma espécie de última praia para evitar que entremos em um túnel sem retorno sem frear o progresso econômico dos países industrializados e os em desenvolvimento.
Um estreito debate
O procedimento para a adoção do acordo exigiu uma longa maratona noturna que encerrou depois de quatro anos de difíceis negociações que colocaram em contraposição os países mais desenvolvidos industrialmente e os menos desenvolvidos do mundo. Além do tempo real de implementação, este é um passo decisivo para a salvação de todas as formas de vida na Terra e para a proteção do planeta. Um passo que, no entanto, não evitou um duro confronto, especialmente com os países africanos que criticaram os critérios de distribuição de fundos. O objetivo do acordo, entretanto, é restaurar 30% das áreas marinhas e terrestres degradadas até 2030 e reconhecer os direitos dos povos indígenas.
Comentários das instituições
“É um pacto de paz com a natureza”, comentou o Secretário Geral da ONU Antonio Guterres sobre o acordo. Para a Presidente da Comissão Européia Ursula von der Leyen, “o mundo chegou a um acordo com objetivos para a proteção e restauração da natureza sem precedentes e mensuráveis”.