Neste tempo de advento que estamos celebrando, em preparação para o Natal, Dom Leonardo Steiner afirmava que “queremos experimentar a beleza de um Deus humanado, para podemos dizer a toda a sociedade, a todas as pessoas, aonde nós estamos, nós temos que saber onde estamos”. Saber onde estamos é fundamental, algo que levava o arcebispo a lembrar as palavras de São Pedro, “saber dar a razão da nossa fé”. E por isso, ele se questionava, “mas como vamos a saber dar a razão da nossa fé se não sabemos onde nós nos encontramos, onde estamos”.
Padre Luis Moldino – Manaus
“Nós como sociedade, não sabemos mais onde estamos”, afirma Dom Leonardo Steiner em festa da padroeira de Manaus
A celebração da Solenidade de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Arquidiocese de Manaus, tem sido momento para que Dom Leonardo Ulrich Steiner, se perguntasse “onde se encontra hoje a nossa sociedade”. Diante desse questionamento, o próprio arcebispo respondia que hoje a nossa sociedade se encontra “no menosprezo, no desprezo, na violência, no desprezo daqueles que estão aqui há tanto tempo, mas também no desprezo daqueles que perambulam nas nossas ruas e que nós não conseguimos nem mesmo lançar um olhar”.
O problema de fundo, segundo Dom Leonardo, “é que nós como sociedade, não sabemos mais onde estamos”, uma afirmação que cobra especial relevância diante da atual situação mundial, agravada ainda mais no Brasil, onde as consequências da pandemia da Covid-19 nos ameaçam com tempos de sofrimento. O fato de não saber onde estamos, deve nos levar a nos perguntarmos “que mundo nós construímos”, uma questão que a exemplo de Maria deve nos levar a dizer: “faça-se em mim segundo a tua Palavra”, enfatizava o arcebispo.
Ele recordava algumas das ideias que o Papa Francisco tem refletido na sua última encíclica. Seguindo as palavras do Santo Padre, Dom Leonardo afirmava que “perdemos a sensibilidade da fraternidade, daquilo que nos é comum, a nossa humanidade”. Ele ia além disso, dizendo que “talvez estejamos até perdendo o senso da nossa humanidade, porque não conseguimos mais olhar para os pobres, para os desvalidos, para aqueles que necessitam ser de novo revestidos na sua dignidade, melhor, possam aparecer na sua dignidade, porque revestidos estão há muito tempo”.
Diante da presença de boa parte do clero local e de representantes da vida religiosa, das pastorais e das paróquias e áreas missionárias, pois a pandemia impediu que a celebração, que todo ano reúne milhares de pessoas, fosse aberta, o arcebispo insistia em que “nós não podemos esquecer aonde nos encontramos como Igreja”. Nesse ponto, ele recordava a figura de Maria, afirmando que “ela sabia e sabe que Deus derruba aos poderosos e cuida dos pequenos. Ela sabia e sabe, e o cantou, e o testemunhou, a Mãe de Jesus, a Imaculada”.
Neste tempo de advento que estamos celebrando, em preparação para o Natal, Dom Leonardo Steiner afirmava que “queremos experimentar a beleza de um Deus humanado, para podemos dizer a toda a sociedade, a todas as pessoas, aonde nós estamos, nós temos que saber onde estamos”. Saber onde estamos é fundamental, algo que levava o arcebispo a lembrar as palavras de São Pedro, “saber dar a razão da nossa fé”. E por isso, ele se questionava, “mas como vamos a saber dar a razão da nossa fé se não sabemos onde nós nos encontramos, onde estamos”.
A festa da Imaculada Conceição tem sido momento para mais uma vez mais descobrir “Nossa Senhora como aquela que nos indica o caminho”, segundo o arcebispo. Ele insistia em que “Deus nos busca sempre, seguindo o exemplo de Nossa Senhora”, definida como Mãe do Cuidado e da Esperança. Por isso, “nós nos encontramos na fé, no amor, na solidariedade, na caridade”, em palavras de Dom Leonardo Steiner.